quinta-feira, fevereiro 17, 2005

tsunami na Universidade

A onda agora é o contrato temporário para a função de professor substituto nas Universidades Federais. Inaugura-se com isso a condição de "café-com-leite" no quadro docente das IFES, muito conhecida da nossa infância, esta distinção era atribuída às crianças menores que insistiam (ou eram convidadas) em participar das mesmas brincadeiras, mas com regras mais "flexíveis", para compensar eventuais desvantagens decorrentes da diferença de idade. Quem não se contenta com a condição de "café-com-leite" fica a ver navios no mercado de trabalho que não tem favorecido a contratação de docentes doutores. Então o Brasil investe e inova em programas de formação de recursos humanos de pós-graduação (Profix e ProDoc - só para citar programas financiados pelas agências CNPq e CAPES) e economiza com a contratação de professores substitutos em que o grau mínimo de formação exigido é a graduação? Nada contra os professores substitutos em si, mas essa nova política de contratos tem 2 problemas: ou a desvalorização declarada ao profissional e seu potencial de trabalho (submetendo-o ao contrato temporário e baixos salários) ou o desmantelamento da estrutura de ensino da Universidade com a redução da qualificação do quadro docente. Nota 0!

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